
A Inquisição, ou Tribunal do Santo Ofício, surgiu na Idade Média, criada pelo papa Gregório IX, no século XIII, como “instituição permanente e universal, confiada a religiosos na dependência directa da Santa Sé”. Destinava-se a combater várias heresias que punham em causa a legitimidade tanto do poder eclesiástico como do poder civil. Este tribunal instalou-se na Espanha, Alemanha, França, confiado aos dominicanos ou aos franciscanos.
Os suspeitos eram interrogados para se obter a prova de culpa, ou através de testemunhas, cuja identidade era mantida secreta, ou por meio de confissão dos próprios, que podia ser obtida através de torturas. A sentença era dada em sessão solene pública, a que se deu o nome de auto-de-fé.
As sentenças podiam ser morte ou prisão, penitências e apreensão de bens.
Na Península Ibérica, a Inquisição vai mais além e vai passar a perseguir os cristãos-novos, os judeus e os protestantes. Passou a ser um instrumento ao serviço do poder instituído e contra qualquer ameaça a esse poder. A Inquisição foi introduzida em Portugal no reinado de D. João III, em 1536.
As Ordens Mendicantes
Ordens religiosas surgidas no séc. XIII, vivendo em regime de pobreza, fora dos claustros, distinguindo-se do monaquismo latifundiário da época. As mais importantes, então surgidas, são osFranciscanos (1209), os Dominicanos (1216), os Carmelitas (1229) e os Eremitas de Santo Agostinho (1252). Dada a sua melhor adaptação às circunstâncias e necessidades da nova era de início da concentração urbana e da mobilidade das populações, as Ordens Mendicantes tiveram o apoio dos Papas e vieram a desempenhar papel decisivo na reforma da Igreja e, mais tarde (séc. XV), na evangelização dos novos mundos.
Às indicadas, seguiram-se, com novas características, principalmente os Hospitaleiros de S. João de Deus, os Trinitários, os Mercedários e os Jesuítas.